Sobre o papel branco que contém o azul do céu,
o olhar oblíquo, olhar distraído, que capta e opera plasticidades,
desarmado experimenta o conhecido como se fosse novo,
investiga o que vê a partir apenas da experiência,
transforma esta experiência em descoberta, de novas plasticidades,
que possam incorporar estes atributos, compartilhar este olhar primeiro,
anterior, destituído da palavra, numa busca calada, incessante,
necessária do humano, da subjetividade que discorre e escorre num tempo lento,
sem direção ou com infindas direções, na contramão do ordinário,
criando, desfazendo, refazendo a partir da inquietude, da impossibilidade e de constantes fracassos, espelho de nossas imperfeições, de nossa pequena estatura, de nossa poesia.
Contribuição de Anete
Anotações