sexta-feira, março 09, 2007

A cultura do excesso

Hoje, quando ouvimos falar de modernidade, sabemos que o termo anda ultrapassado. Porque modernidade passou a ser símbolo de “hipomodernidade”, tema pesquisado pelo ensaísta Gilles Lipovestsky, ao dizer que a sociedade contemporânea vive a “cultura do excesso”; a cultura da inovação a todo custo; as mídias se tornando cada vez mais radicais, trazendo o sentimento paradoxal: “ – não basta ser moderno, é preciso ser mais moderno que a modernidade; é preciso ser mais jovem que o jovem; é preciso estar mais na moda que a própria moda...
Assim, tudo anda se tornando “hiper”: - hipermercado, hipercapitalismo, hipertexto, hiperclasse, hiperterorrismo e etc.... E, nas artes plásticas? Ela, que não foge dessa cultura do excesso como lei pragmática promovendo por seu lado as “hiperinstalações”, as hiperintensidades, os hiper delírios e as hipereuforias.

Sabemos que o grande problema desta “hipermodernidade” na arte, além da sua disfuncionabilidade, expõe a fragilização dos indivíduos, e a morte da arte em seus significados mais simbólicos. E, ao fabricar consumidores e observadores passivos, gera grandes déficits existenciais, que ao meu ver levam as experiências decaírem em em valor.

Será a prevalência do Tédio? Onde tudo precisa ser consumido na vaidade do hiper?


Jugioli

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